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30 de out. de 2010

A DIOCESE DE TIANGUÁ PREPARA-SE PARA MAIS UMA SEMANA MISSIONÁRIA NO ANO DE 2011


A Diocese de Tianguá vive um momento de extrema importância com a implantação do projeto "Missão Permanente". Com o tema: "Como discípulos de Jesus Cristo, formamos a Igreja que é enviada em missão", somos convidados a renovar a nossa consciência missionária e evangelizadora, assumindo a dimensão profética do nosso batismo, sendo "sal da terra" e "luz do mundo". Acontecerá na primeira semana de Julho de 2011, mais uma etapa do referido projeto missionário.
Dessa vez, será contemplada a Região Norte de nossa Diocese (Chaval, Barroquinha, Camocim, Granja, Parazinho e Timonha) será contemplada com a visita de inúmeros missionários/as de toda a diocese e de outras dioceses.
Como Igreja, temos o desafio de ajudar àqueles que foram batizados e receberam o primeiro anúncio, a progredirem no sentido de atingirem a sua maturidade cristã. Em nossas comunidades, precisamos proclamar com renovador ardor missionário que Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida, em meio a uma realidade marcada por grandes mudanças de época e desafios no campo da fé. Portanto, peçamos ao senhor que envie missionários para sua messe.

Venha e participe, seja você também missionário(a) na construção do Reino de Deus!!


Postado por Seminarista Adriézio lima às 14:08h

Dom Pedro Casaldáliga é submetido a cirurgia


No fim da tarde desta sexta-feira, 29, o bispo emérito de São Félix do Araguaia (MT), dom Pedro Casaldáliga, 83 anos, será internado no Hospital do Rim de Goiânia.

Ele será submetido a uma cirurgia na próstata. No dia 8 de outubro ele havia sido internado durante 10 dias em Ceres (GO), para pequenas intervenções médicas. Logo depois, ele passou por algumas avaliações em Goiânia. Segundo José Maria Torres, que acompanha o bispo, dom Pedro está bem e logo que se recuperar deverá voltar para São Félix.

Postado por Seminarista Adriézio lima às 13:40h
NOMEADO O NOVO BISPO PARA A VACANTE DIOCESE DE SOBRAL - CE

O papa Bento XVI nomeou nesta segunda-feira, 11, padre Odelir José Magri, MCCJ, o novo bispo para a vacante diocese de Sobral (CE). Nascido no dia 18 de abril de 1963,  em Campo Erê (SC), padre Odelir José Magri é da Congregação dos Padres Combonianos. Foi ordenado sacerdote aos 18 de outubro de 1992.
Os estudos filosóficos e teológicos do monsenhor Odelir foram feitos em Paris, na França. Em São Paulo, ele fez diversos cursos para formadores, através da Universidade Gregoriana. Como sacerdote, exerceu o ministério pastoral no Congo Kinshasa, África (1992 a 1996); entre 1997 e 1999, monsenhor Odelir foi formador escolástico em São Paulo e pároco. Passou pelo Conselho Provincial ainda em 1999 até 2001 e foi mestre do noviciado de sua Congregação em Contagem (MG), entre 2002 e 2003. Ele é assistente geral da sua Congregação em Roma desde 2003.

Diocese de Sobral

Vacante desde 16 de agosto de 2009, a diocese de Sobral foi criada em 10 de novembro de 1915, pela bula Catholicae Religionis Bonum do papa Bento XV. Ela foi desmembrada da então diocese de Fortaleza. A diocese de Sobral está no norte do Ceará e tem uma superfície de 19.143 km² e cerca de 38,0 habitantes por quilômetro quadrado. É composta por 29 municípios. Seu último bispo diocesano foi Dom Antônio Fernando Saburido, OSB, que atualmente é arcebispo de Olinda e Recife (PE)

Postado por Seminarista Adriézio lima às 13:55h

SENTIDO DA VIDA E DA MORTE

Dom Canísio Klaus

Iniciamos o mês de novembro com as comemorações do dia de todos os santos e do dia dos finados. Estas duas datas nos fazem refletir sobre a vida e a morte.
Há vários sentidos que podemos dar à vida. Para alguns, viver é possuir, é ter sucesso, é ir superando as dificuldades no dia-a-dia; para outros, é amar e lutar por causas justas. Temos de escolher.
Não é possível abraçar, ao mesmo tempo dois sentidos opostos. Jesus nos alertou: “Não se pode servir a dois senhores. Porque ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro” (Mt. 6, 24). Assim a grandeza ou a mesquinhez de uma pessoa depende do sentido que ela vai dando à vida. Daí a pergunta fundamental: Qual a maneira mais autêntica de viver a vida?
Para responder, não é preciso estudar livros nem participar de enfadonhas palestras. É preciso sim, escutar a vida com suas aspirações, seus sonhos, suas lutas, suas derrotas e suas vitórias.
Vida autêntica é aquela que responde aos anseios mais verdadeiros do ser humano. São anseios de felicidade, de paz, de liberdade, de vida honesta, sincera e solidária. São anseios de amor, de serviço, de doação e de gratuidade. Portanto, vida autêntica é sair da mesquinhez rasteira, rotineira e indiferente. É abraçar e assumir um projeto de vida verdadeira. É voar nas asas da liberdade verdadeira e da vida plena; é ter objetivos e projetos autênticos; “é ter mil razões para viver, é ter uma causa a que dedicar a vida” (Dom Hélder Câmara).
A vida autêntica é marcada pela luta em favor da dignidade humana, da ética, e contra sistemas corruptos e mentirosos. É ter firmeza e ternura, honestidade e coerência. É ter, ainda, coragem da verdade para anunciar e denunciar; ser capaz de opções firmes a serviço dos grandes valores da vida humana.
A partir do verdadeiro sentido da vida é que encontramos o sentido da morte. É verdade que, para alguns, a morte é assunto que incomoda; quanto mais longe, melhor. Preferem ignorar, esquecer, adiar.
Muitos planejam a vida como se a morte não existisse. Porém o cristão como todo ser humano, pode sentir medo da morte, mas jamais entende a morte como o fim de tudo. Cremos que a vida nunca terminará, pois a morte não é o fim de tudo, mas a conclusão de uma etapa da vida. A fé cristã nos ensina que com a morte continuaremos vivendo em Deus, com uma vida transformada. “Esta é a vontade do meu Pai: que todo homem que vê o Filho e nele acredita, tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6, 40).


Postado por Seminarista Adriézio lima às 13:09h
28 de out. de 2010
ANIVERSÁRIO DO SEMINARISTA ELIAS SOUZA DE BRITO

Elias Souza de Brito é natural da Paroquia de Santo Antônio Chaval – CE, região norte de nossa Diocese, o mesmo ingressou no Seminário Diocesano de Tianguá no ano de 2004. Fez seus estudos filosóficos na Faculdade Catolica Rainha do Sertão em ‘Quixadá’ – CE residindo no Seminário Diocesano daquela mesma Diocese 'Quixadá', ao concluir seus estudos filosóficos exigidos pela a Igreja no final de 2008, o mesmo retorna a sua Diocese de origem no inicio de 2009 para assim dar continuidade a sua vida formativa, agora com os seus estudos teológicos , passa a residir até então na Fraternidade Dom Timóteo em Fortaleza – CE. Elias Souza cursa atualmente o 2º ano de Teologia na Faculdade Catolica de Fortaleza – FACAF.
Nesse dia 28 de Outubro, no qual o mesmo celebra o dom de sua vida, rendamos graças a Deus e ao mesmo tempo bendizemos a E’le em ação de Graças pelo o seu aniversário. Saiba que “o sopro divino se fez vida...” você nasceu! Deus lhe concedeu o poder sobre tudo, sobre o amor incondicional, a saúde perfeita, a paz universal e a farta colheita! Por isso, hoje... quando mais um ciclo se completa todos nós que fazemos a Fraternidade Dom Timóteo – Diocese de Tianguá – CE, desejamos a você um FELIZ ANIVERSÁRIO, PARABÉNS E MUITAS FELICIDADES.

Postado por Seminarista Adriezio lima às 00:11h

Uma Missão de esperança

 
O nosso mundo contemporâneo e também as nossas comunidades eclesiais sofrem tremendamente pela escassez de profetas. Mais do que nunca, a nossa época necessita de pessoas que não cessem de olhar para o céu, mas que tenham seus pés solidamente fincados no chão da história, para que iluminem, com o testemunho de sua vida, o caminho da humanidade.

Nesse sentido é bom lembrar que a missão profética não é uma dimensão entre muitas outras, mas, se assim podemos dizer, é a própria essência da missão também no contexto do mundo contemporâneo.

Com efeito, todo profeta encontra, em sua relação com Deus que o chamou, o fundamento de sua missão de anunciar, na história, a oferta da salvação de Deus. Por esse motivo, ele vive e exige uma relação com seus contemporâneos, a partir da prática da justiça e de uma atitude de total solidariedade. Dessa forma, toda a sua vida torna-se um testemunho vivo, uma ação contínua de esperança que aponta, na história, o caminho da conversão, da mudança e da transformação.

Algumas expressões de Is 43,1-7 revelam, antes de tudo, que o profeta tem consciência de que Deus, ao entregar-lhe uma missão a cumprir, comprometeu-se com ele (“Eu estou contigo”: 43,2.5). Em segundo lugar, mesmo que sinta a presença divina que o acompanha ao longo de sua atividade, o profeta sabe que Deus não o dispensa dos perigos (água/rios – fogo/chamas: 43,2), aliás, justamente por isso, ele adquire uma força tremenda para enfrentar todos os riscos que a missão comporta. Ele cumpre sua missão, única e exclusivamente, porque confia na promessa de Deus (43,4).

Propriedade preciosa de Deus, o profeta torna-se testemunha e portador do amor que o próprio Deus tem para com toda a humanidade! Ninguém fica admirado se essa dimensão profunda da missão profética encontra seu ponto culminante na formidável expressão do evangelho de João: Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo aquele que crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3,16). O texto de Isaías, logo em seguida, assinala o fato de que a humanidade está espalhada aos quatro ventos e que, portanto, precisa ser convocada, para que encontre de novo a sua unidade e a sua coesão. A imagem bíblica é realmente impressionante:

Deus revela a sua paternidade através da missão do profeta:

Não temas porque Eu estou contigo (...) faze voltar os meus filhos de longe e as minhas filhas das extremidades da terra! (43,5-6). Trata-se de um compromisso urgente que consiste em fazer com que a humanidade “se volte para Deus” e encontre nele seu ponto fundamental de referência. Ora, voltar-se para Deus, de acordo com a promessa divina, significa construir um futuro novo para que todos filhos e filhas vivam, finalmente, uma fraternidade plena em nome de Deus Pai (43,7).

A missão profética possui, portanto, uma finalidade universal: revelar que a esperança de uma vida fraterna para toda a humanidade está profundamente enraizada na promessa de Deus. Naturalmente, o profeta situado entre a promessa de Deus e a sua realização, desempenha corretamente a sua missão, mostrando a todos a possibilidade de construir um futuro novo, mas não pode absolutamente determinar o momento exato do seu cumprimento. A missão profética indica a irrupção da paternidade divina na história, com a finalidade de estabelecer uma autêntica fraternidade humana entre todas as nações.

Fundamentar a esperança, a partir da promessa de Deus Eu estou contigo, significa permanecer firmemente agarrados à história, exatamente lá onde a vida humana ferve com todos os seus problemas e preocupações, onde os filhos e filhas são convocados para viverem em harmonia. Lá também está a Presença permanente e fiel do Deus vivo.

Autor: Sergio Bradanini
www.pime.org.br
(Fonte – Catequese Católica WWW.catequisar.com.br)

Postado por Seminarista Adriézio lima às 21:17h

Importância dos Seminários na Igreja

    

                                                                                                                                                           Dom Celso Antônio Marchiori *


“Depois, subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram a ele. Designou doze dentre eles para ficar em sua companhia. Ele os enviaria a pregar, com o poder de expulsar os demônios.” (Mc 3, 13-15)

Os seminários, na diocese, se identificam como o monte sobre o qual Jesus chamou os Apóstolos para o seguirem. Com o auxílio de diversas pessoas, especialmente daqueles que trabalham no SAV - Serviço de Animação Vocacional – os jovens chamados vão até Jesus no monte que é o Seminário e aí ficam em sua companhia por alguns anos. Como são importantes os Seminários numa diocese! Ali, os jovens têm a oportunidade de concluírem sua formação acadêmica - alguns ainda no ensino fundamental e médio - e aperfeiçoarem-se em sua formação integral. Posso dizer, com toda a certeza, que se não fossem os Seminários, muitos, dos que já são presbíteros, não teriam tido a oportunidade de desenvolver sua vocação sacerdotal. Chamados ao ministério presbiteral, no Seminário Menor ou no Maior, os seminaristas têm um ambiente favorável para aprofundarem e aperfeiçoarem aquilo que o Senhor iniciou em seu coração desde a mais tenra idade.

Juntamente com seus colegas, os seminaristas ficam em companhia de Jesus no período de permanência no Seminário. E ali, diariamente, por meio dos formadores, vão sendo instruídos e acompanhados vocacionalmente, da mesma forma que os Apóstolos eram acompanhados por Jesus. Durante o tempo de seminário, recebem uma sólida formação, especialmente nas dimensões humana, espiritual e intelectual.

Na dimensão humana, aprendem que “os padres precisam ser gente”, pessoas saudáveis, com uma personalidade humana capaz de facilitar aos outros, o encontro com Jesus Cristo Redentor. Ajudados pelos formadores, especialmente pelo Reitor e Diretor Espiritual, cultivam uma série de qualidades humanas, necessárias à vida sacerdotal, tais como: a educação para o amor à verdade, a lealdade, o respeito a cada pessoa, o sentido da justiça, a fidelidade à palavra dada, a verdadeira compaixão, a coerência... Na convivência com os formadores, professores e colegas, cultivando relações humanas de serena amizade e de profunda fraternidade, paulatinamente vão crescendo no amor vivo e pessoal a Jesus Cristo, Bom Pastor. Esta experiência os fortalece para que mais tarde possam assumir com liberdade e humildade a vida celibatária, tão necessária para o exercício pleno da vida sacerdotal.

Na dimensão espiritual, graças ao testemunho dos formadores que, amavelmente, acompanham os seminaristas no desenvolvimento de sua vocação, o tempo vivido no Seminário é um tempo precioso quando desenvolvem uma relação de comunhão e de amizade profunda com o Senhor. Busca-se essa amizade com Jesus por meio da fiel meditação da Palavra de Deus - a Lectio Divina - pela participação ativa dos mistérios sacrossantos da Igreja, sobretudo da Eucaristia; como também, através das orações da Liturgia das Horas, das adorações ao Santíssimo Sacramento, do santo Rosário que diariamente nos leva a amar sempre mais a Santíssima Virgem Maria - mãe de Jesus e modelo para todos os sacerdotes - da Direção Espiritual, da Confissão frequente, dos Retiros Espirituais, das conversas com os formadores, das Leituras Espirituais... Tudo isso ajuda os seminaristas a viverem em íntima comunhão e familiaridade com Deus Pai, e a buscar, com perseverança, uma amizade íntima com Jesus, com quem se configuram através da ordenação presbiteral.

Na dimensão intelectual, a vida no Seminário estimula os jovens candidatos ao sacerdócio a estudar e dá suporte para que perseverem nos estudos. Cada um é motivado firmemente a apreender os conteúdos lecionados. A formação intelectual é de suma importância em vista do ministério pastoral do presbítero chamado a enfrentar os desafios da nova evangelização. Por isso, devem estudar e aproveitar o máximo do tempo para aprimorar seus conhecimentos.

Sem uma experiência de vida no Seminário, não há condições de se ter uma formação que prepare bem - e integralmente - os jovens chamados à vida sacerdotal, sobretudo nos dias atuais quando o mundo nos atrai para satisfazermos somente nossas necessidades puramente terrenas.

“Sem dúvida, os seminários e as casas de formação constituem um lugar privilegiado - escola e casa - para a formação de discípulos e missionários. O tempo da primeira formação é uma etapa onde os futuros presbíteros compartilham a vida, a exemplo da comunidade apostólica ao redor do Cristo ressuscitado: oram juntos, celebram uma mesma liturgia que culmina com a Eucaristia, a partir da Palavra de Deus recebem os ensinamentos que vão iluminando sua mente e modelando seu coração para o exercício da caridade fraterna e da justiça, prestam serviços pastorais periodicamente a diversas comunidades, preparando-se assim para viver uma sólida espiritualidade de comunhão com Cristo Pastor e docilidade à ação do Espírito Santo, convertendo-se em sinal pessoal e atrativo de Cristo no mundo, segundo o caminho de santidade próprio do ministério sacerdotal.” (Aparecida, 316)

Tenhamos um grande amor aos nossos seminários e uma profunda gratidão pelos que ali trabalharam ou continuam trabalhando. Deus é fiel. Ele realiza sua obra com todos os que, de coração aberto e com humildade, se colocam ao seu serviço. Agradeçamos a ele pelas maravilhas que realiza na Igreja através dos seminários!

Mesmo que muitos tenham passado por eles e não tenham chegado ao sacerdócio, tenho certeza de que alí receberam uma excelente formação e que, hoje, estão na sociedade servindo o próximo de diversas formas. Os seminários estão a serviço da Igreja e da sociedade.
 
Postado por Seminarista Adriézio lima às 17:25h

27 de out. de 2010

NOTA DA CNBB EM RELAÇÃO AO MOMENTO ELEITORAL

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por meio de sua Presidência, congratulase com o Povo Brasileiro pelo exercício da cidadania na realização do primeiro turno daseleições gerais, quando foram eleitos os representantes para o Poder Legislativo e definidos os Governadores de diversas unidades da Federação, bem como o nome daqueles que serão submetidos a novo escrutínio em 2º turno, para a Presidência da República e alguns governos estaduais e distrital.
A CNBB congratula-se também pelos frutos benéficos decorrentes da aprovação da Lei da Ficha Limpa, que está oferecendo um novo paradigma para o processo eleitoral, mesmo se ainda tantos obstáculos a essa Lei tenham de ser superados.
Entretanto, lamentamos profundamente que o nome da CNBB - e da própria Igreja Católica – tenha sido usado indevidamente ao longo da campanha, sendo objeto de manipulação. Certamente, é direito – e, mesmo, dever – de cada Bispo, em sua Diocese, orientar seus próprios diocesanos, sobretudo em assuntos que dizem respeito à fé e à moral cristã. A CNBB é um organismo a serviço da comunhão e do diálogo entre os Bispos, de planejamento orgânico da pastoral da Igreja no Brasil, e busca colaborar na edificação de uma sociedade justa, fraterna e solidária.
Neste sentido, queremos reafirmar os termos da Nota de 16.09.2010, na qual esclarecemos que “falam em nome da CNBB somente a Assembléia Geral, o Conselho Permanente e a Presidência”. Recordamos novamente que, da parte da CNBB, permanece como orientação, neste momento de expressão do exercício da cidadania em nosso País, a DECLARAÇÃO SOBRE O MOMENTO POLITICO NACIONAL aprovada este ano em sua 48ª Assembléia Geral.
Reafirmamos, ainda, que a CNBB não indica nenhum candidato, e recordamos que a escolha é um ato livre e consciente de cada cidadão. Diante de tão grande responsabilidade, exortamos os fiéis católicos a terem presentes critérios éticos, entre os quais se incluem especialmente o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana.
Confiando na intercessão de Nossa Senhora Aparecida, invocamos as bênçãos de Deus para todo o Povo Brasileiro.
Brasília, 08 de outubro de 2010

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB

Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-Presidente da CNBB
Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB



DECLARAÇÃO SOBRE AS ELEIÇÕES

Os bispos católicos do Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), do Estado de São Paulo, em sintonia com a DECLARAÇÃO SOBRE O MOMENTO POLITICO NACIONAL, da 48ª Assembleia Geral da Conferência (Brasília, maio de 2010), esclarecem que não indicam nem vetam candidatos ou partidos e respeitam a decisão livre e autônoma de cada eleitor. O Regional Sul 1 da CNBB desaprova a instrumentalização de suas Declarações e Notas e enfatiza que não patrocina a impressão e a difusão de folhetos a favor ou contra candidatos.

Reafirma, outrossim, as orientações quanto a critérios e princípios gerais a serem levados em conta no discernimento sobre o momento político, já oferecidos pela 73ª Assembleia Geral do Regional Sul 1 (Aparecida, junho de 2010), expressos na Nota
VOTAR BEM.

Recomenda, enfim, a análise serena e objetiva das propostas de partidos e candidatos, para que as eleições consolidem o processo democrático, o pleno respeito aos direitos humanos, a justiça social, a solidariedade e a paz entre todos os brasileiros.

Indaiatuba (Itaici), SP, 16 de outubro de 2010.

Dom Nelson Westrupp
Presidente do Conselho Episcopal Regional Sul 1

E Bispos do Regional Sul 1

Postado pelo Seminarista Adriézo lima às 19:56h





DIOCESE DE TIANGUÁ CELEBRA O DIA NACIONAL DA JUVENTUDE


“Muita reza, muita luta, muita festa!” A Diocese de Tianguá comemorou hoje em São Benedito o Dia Nacional da Juventude. Depois de uma marcha, saindo da Igreja de São Francisco, às 15h, para o Santuário Diocesano Nossa Senhora de Fátima, aconteceu um grande show de evangelização com a Banda jovem “RENOVAI” de Tianguá. A comemoração terminou com a Santa Missa presidida pelo bispo diocesano D. Francisco Javier.

As três Atividades Permanentes compõem um processo. Os temas propostos querem ajudar os grupos jovens a viver esse caminho refletindo as dívidas sociais com a juventude, o chão que pisamos, suas marcas e cores para celebrar, sonhar e participar da construção de um tempo de justiça, tempo de Reino. As Atividades deste ano querem também fortalecer a Campanha contra a violência e o extermínio de jovens, convidando a juventude para ir em marcha por outro mundo possível.



O Dia Nacional da Juventude 2010 celebrou 25 anos de história projetando passos e sonhos para o futuro! Jubileu é tempo de revisar as dívidas, de dar a liberdade! O DNJ nos convida a refletir quais dívidas sociais o Brasil tem com a juventude? Vamos saná-las para um tempo de liberdade e vida? Jubileu também é tempo de organizar a “casa”. O que está acontecendo com a nossa “casa” (sociedade)? Que “casa” nós queremos para os próximos 25 anos? Muitas proposições que vamos poder aprofundar no DNJ(...)

Postado pelo Seminarista Adriézio lima às 19:41h
26 de out. de 2010

Padre assassinado a tiro dentro do carro


A vítima: o padre Josenir recebeu o tiro nas costas. A bala transfixou-lhe o peito. Ele teve morte imediata.

Investigação: o delegado Rodrigues Júnior, diretor da Divisão de Homicídios, esteve no local do assassinato.


A Polícia Civil não tem ainda pistas do autor do crime, mas descartou a hipótese de um assalto. Caso ocorreu na BR-222
Um completo mistério envolve o assassinato do padre Josenir Morais Santana, 45, na cidade de São Luís do Curu (a 77Km de Fortaleza). O religioso foi assassinado, na madrugada de ontem, quando trafegava em seu automóvel, um Gol branco de placas HUS-9131, inscrição de Fortaleza.

O padre havia ido àquela cidade participar de um festejo e preparava-se para voltar para a Capital, quando foi assassinado com, pelo menos, um tiro. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios (DH) e pela Unidade de Segurança Integrada (USI) de São Gonçalo do Amarante. Mas, ainda não há suspeitas do crime.
Bala
Segundo o registro da Polícia, o crime ocorreu por volta de 3h15. Conforme o cabo Souza, comandante do destacamento da PM de São Luís do Curu, o assassinato ocorreu já na saída da cidade. "Pode-se dizer que o caso ocorreu em frente à última casa da cidade, bem na saída para Fortaleza", disse o PM.

A bala penetrou nas costas do padre e transfixou. Ele perdeu o controle do automóvel, que derrubou uma placa de sinalização da BR-222 e, em seguida, chocou-se contra a cerca de outra residência. Segundo um inspetor da USI de São Gonçalo do Amarante, foi preciso quebrar o vidro lateral do carro para que as portas fossem abertas e a Perícia examinasse o cadáver.

O diretor da Divisão de Homicídios, delegado Rodrigues Júnior, se deslocou de Fortaleza até aquela cidade para dar início às investigações. Pela manhã, o titular da Delegacia de São Gonçalo, Cleófilo Rodrigues, também foi ao local. "Estamos auxiliando na investigação", disse o inspetor Agamenon, em entrevista à Reportagem por telefone.

"Estava havendo uma festa na praça pública da cidade, mas não sabíamos da presença do padre aqui", informou o cabo Souza. A Polícia descartou, de imediato, a hipótese de um caso de latrocínio (roubo seguido de morte), já que nenhum pertence do padre desapareceu de dentro de seu carro.

"Foram encontrados todos os objetos que ele conduzia no carro. A carteira, roupas, telefone celular e outros bens", contou o inspetor Agamenon. Tudo foi periciado ainda no local.

O corpo do padre foi trazido para Fortaleza e examinado, ainda pela manhã, na Coordenadoria de Medicina Legal (Comel), na sede do Serviço de Verificação de Óbito (SV), em Messejana. À tarde, seguiu para a Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Conjunto Alto Alegre I, em Messejana, onde foi celebrada a missa de corpo presente. Em seguida, trasladado para a capela do distrito de Croatá, em São Gonçalo do Amarante (a 59KM de Fortaleza), onde será sepultado na manhã desta terça-feira, às 8 horas.

FERNANDO RIBEIRO EDITOR DE POLÍCIA

Nota da Arquidiocese de Fortaleza - CE


Na tarde de ontem, o setor de Comunicação Social da Arquidiocese de Fortaleza distribuiu uma nota oficial acerca do fato.

"Conhecido por sua simplicidade, sua alegria juvenil, conquistava a todos, mesmos os que se encontravam afastados da comunidade. Outras características marcantes de sua personalidade foram seu empenho sacerdotal, dinamismo e criatividade. Muito comunicativo, sempre incentivava a viver os ensinamentos de Jesus e seu amor com os mais pobres", afirma a nota da Arquidiocese.

O padre Josenir foi ordenado sacerdote em 1º de julho de 1995, sendo nomeado, inicialmente, responsável pelas áreas pastorais de Pitombeiras e Tapera, em Aquiraz, onde passou seis anos e sete meses. Depois, nomeado para São Gonçalo.

Setor de Comunicação Social da Arquidiocese de Fortaleza NEI



Obs. Com informações do Camocimonline e Mitra arquidiocesana Fortaleza - CE.

A saber:
www.camocimonline.com

Postado pelo Seminarista. Adriézio lima às 00:03h


CARTA DO PAPA BENTO XVI
AOS SEMINARISTAS


Queridos Seminaristas,

Em Dezembro de 1944, quando fui chamado para o serviço militar, o comandante de companhia perguntou a cada um de nós a profissão que sonhava ter no futuro. Respondi que queria tornar-me sacerdote católico. O subtenente replicou: Nesse caso, convém-lhe procurar outra coisa qualquer; na nova Alemanha, já não há necessidade de padres. Eu sabia que esta «nova Alemanha» estava já no fim e que, depois das enormes devastações causadas por aquela loucura no país, mais do que nunca haveria necessidade de sacerdotes. Hoje, a situação é completamente diversa; porém de vários modos, mesmo em nossos dias, muitos pensam que o sacerdócio católico não seja uma «profissão» do futuro, antes pertenceria já ao passado. Contrariando tais objecções e opiniões, vós, queridos amigos, decidistes-vos a entrar no Seminário, encaminhando-vos assim para o ministério sacerdotal na Igreja Católica. E fizestes bem, porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade. Sempre que o homem deixa de ter a noção de Deus, a vida torna-se vazia; tudo é insuficiente. Depois o homem busca refúgio na alienação ou na violência, ameaça esta que recai cada vez mais sobre a própria juventude. Deus vive; criou cada um de nós e, por conseguinte, conhece a todos. É tão grande que tem tempo para as nossas coisas mais insignificantes: «Até os cabelos da vossa cabeça estão contados». Deus vive, e precisa de homens que vivam para Ele e O levem aos outros. Sim, tem sentido tornar-se sacerdote: o mundo tem necessidade de sacerdotes, de pastores hoje, amanhã e sempre enquanto existir.
O Seminário é uma comunidade que caminha para o serviço sacerdotal. Nestas palavras, disse já algo de muito importante: uma pessoa não se torna sacerdote, sozinha. É necessária a «comunidade dos discípulos», o conjunto daqueles que querem servir a Igreja de todos. Com esta carta, quero evidenciar – olhando retrospectivamente também para o meu tempo de Seminário – alguns elementos importantes para o vosso caminho a fazer nestes anos.

1. Quem quer tornar-se sacerdote, deve ser sobretudo um «homem de Deus», como o apresenta São Paulo (1 Tm 6, 11). Para nós, Deus não é uma hipótese remota, não é um desconhecido que se retirou depois do «big-bang». Deus mostrou-Se em Jesus Cristo. No rosto de Jesus Cristo, vemos o rosto de Deus. Nas suas palavras, ouvimos o próprio Deus a falar connosco. Por isso, o elemento mais importante no caminho para o sacerdócio e ao longo de toda a vida sacerdotal é a relação pessoal com Deus em Jesus Cristo. O sacerdote não é o administrador de uma associação qualquer, cujo número de membros se procura manter e aumentar. É o mensageiro de Deus no meio dos homens; quer conduzir a Deus, e assim fazer crescer também a verdadeira comunhão dos homens entre si. Por isso, queridos amigos, é muito importante aprenderdes a viver em permanente contacto com Deus. Quando o Senhor fala de «orar sempre», naturalmente não pede para estarmos continuamente a rezar por palavras, mas para conservarmos sempre o contacto interior com Deus. Exercitar-se neste contacto é o sentido da nossa oração. Por isso, é importante que o dia comece e acabe com a oração; que escutemos Deus na leitura da Sagrada Escritura; que Lhe digamos os nossos desejos e as nossas esperanças, as nossas alegrias e sofrimentos, os nossos erros e o nosso agradecimento por cada coisa bela e boa, e que deste modo sempre O tenhamos diante dos nossos olhos como ponto de referência da nossa vida. Assim tornamo-nos sensíveis aos nossos erros e aprendemos a trabalhar para nos melhorarmos; mas tornamo-nos sensíveis também a tudo o que de belo e bom recebemos habitualmente cada dia, e assim cresce a gratidão. E, com a gratidão, cresce a alegria pelo facto de que Deus está perto de nós e podemos servi-Lo.

2. Para nós, Deus não é só uma palavra. Nos sacramentos, dá-Se pessoalmente a nós, através de elementos corporais. O centro da nossa relação com Deus e da configuração da nossa vida é a Eucaristia; celebrá-la com íntima participação e assim encontrar Cristo em pessoa deve ser o centro de todas as nossas jornadas. Para além do mais, São Cipriano interpretou a súplica do Evangelho «o pão nosso de cada dia nos dai hoje», dizendo que o pão «nosso», que, como cristãos, podemos receber na Igreja, é precisamente Jesus eucarístico. Por conseguinte, na referida súplica do Pai Nosso, pedimos que Ele nos conceda cada dia este pão «nosso»; que o mesmo seja sempre o alimento da nossa vida, que Cristo ressuscitado, que Se nos dá na Eucaristia, plasme verdadeiramente toda a nossa vida com o esplendor do seu amor divino. Para uma recta celebração eucarística, é necessário aprendermos também a conhecer, compreender e amar a liturgia da Igreja na sua forma concreta. Na liturgia, rezamos com os fiéis de todos os séculos; passado, presente e futuro encontram-se num único grande coro de oração. A partir do meu próprio caminho, posso afirmar que é entusiasmante aprender a compreender pouco a pouco como tudo isto foi crescendo, quanta experiência de fé há na estrutura da liturgia da Missa, quantas gerações a formaram rezando.

3. Importante é também o sacramento da Penitência. Ensina a olhar-me do ponto de vista de Deus e obriga-me a ser honesto comigo mesmo; leva-me à humildade. Uma vez o Cura d’Ars disse: Pensais que não tem sentido obter a absolvição hoje, sabendo entretanto que amanhã fareis de novo os mesmos pecados. Mas – assim disse ele – o próprio Deus neste momento esquece os vossos pecados de amanhã, para vos dar a sua graça hoje. Embora tenhamos de lutar continuamente contra os mesmos erros, é importante opor-se ao embrutecimento da alma, à indiferença que se resigna com o facto de sermos feitos assim. Na grata certeza de que Deus me perdoa sempre de novo, é importante continuar a caminhar, sem cair em escrúpulos mas também sem cair na indiferença, que já não me faria lutar pela santidade e o aperfeiçoamento. E, deixando-me perdoar, aprendo também a perdoar aos outros; reconhecendo a minha miséria, também me torno mais tolerante e compreensivo com as fraquezas do próximo.

4. Mantende em vós também a sensibilidade pela piedade popular, que, apesar de diversa em todas as culturas, é sempre também muito semelhante, porque, no fim de contas, o coração do homem é o mesmo. É certo que a piedade popular tende para a irracionalidade e, às vezes, talvez mesmo para a exterioridade. No entanto, excluí-la, é completamente errado. Através dela, a fé entrou no coração dos homens, tornou-se parte dos seus sentimentos, dos seus costumes, do seu sentir e viver comum. Por isso a piedade popular é um grande património da Igreja. A fé fez-se carne e sangue. Seguramente a piedade popular deve ser sempre purificada, referida ao centro, mas merece a nossa estima; de modo plenamente real, ela faz de nós mesmos «Povo de Deus».

5. O tempo no Seminário é também e sobretudo tempo de estudo. A fé cristã possui uma dimensão racional e intelectual, que lhe é essencial. Sem tal dimensão, a fé deixaria de ser ela mesma. Paulo fala de uma «norma da doutrina», à qual fomos entregues no Baptismo (Rm 6, 17). Todos vós conheceis a frase de São Pedro, considerada pelos teólogos medievais como a justificação para uma teologia elaborada racional e cientificamente: «Sempre prontos a responder (…) a todo aquele que vos perguntar “a razão” (logos) da vossa esperança» (1 Ped 3, 15). Adquirir a capacidade para dar tais respostas é uma das principais funções dos anos de Seminário. Tudo o que vos peço insistentemente é isto: Estudai com empenho! Fazei render os anos do estudo! Não vos arrependereis. É certo que muitas vezes as matérias de estudo parecem muito distantes da prática da vida cristã e do serviço pastoral. Mas é completamente errado pôr-se imediatamente e sempre a pergunta pragmática: Poderá isto servir-me no futuro? Terá utilidade prática, pastoral? É que não se trata apenas de aprender as coisas evidentemente úteis, mas de conhecer e compreender a estrutura interna da fé na sua totalidade, de modo que a mesma se torne resposta às questões dos homens, os quais, do ponto de vista exterior, mudam de geração em geração e todavia, no fundo, permanecem os mesmos. Por isso, é importante ultrapassar as questões volúveis do momento para se compreender as questões verdadeiras e próprias e, deste modo, perceber também as respostas como verdadeiras respostas. É importante conhecer a fundo e integralmente a Sagrada Escritura, na sua unidade de Antigo e Novo Testamento: a formação dos textos, a sua peculiaridade literária, a gradual composição dos mesmos até se formar o cânon dos livros sagrados, a unidade dinâmica interior que não se nota à superfície, mas é a única que dá a todos e cada um dos textos o seu pleno significado. É importante conhecer os Padres e os grandes Concílios, onde a Igreja assimilou, reflectindo e acreditando, as afirmações essenciais da Escritura. E poderia continuar assim: aquilo que designamos por dogmática é a compreensão dos diversos conteúdos da fé na sua unidade, mais ainda, na sua derradeira simplicidade, pois cada um dos detalhes, no fim de contas, é apenas explanação da fé no único Deus, que Se manifestou e continua a manifestar-Se a nós. Que é importante conhecer as questões essenciais da teologia moral e da doutrina social católica, não será preciso que vo-lo diga expressamente. Quão importante seja hoje a teologia ecuménica, conhecer as várias comunidade cristãs, é evidente; e o mesmo se diga da necessidade duma orientação fundamental sobre as grandes religiões e, não menos importante, sobre a filosofia: a compreensão daquele indagar e questionar humano ao qual a fé quer dar resposta. Mas aprendei também a compreender e – ouso dizer – a amar o direito canónico na sua necessidade intrínseca e nas formas da sua aplicação prática: uma sociedade sem direito seria uma sociedade desprovida de direitos. O direito é condição do amor. Agora não quero continuar o elenco, mas dizer-vos apenas e uma vez mais: Amai o estudo da teologia e segui-o com diligente sensibilidade para ancorardes a teologia à comunidade viva da Igreja, a qual, com a sua autoridade, não é um pólo oposto à ciência teológica, mas o seu pressuposto. Sem a Igreja que crê, a teologia deixa de ser ela própria e torna-se um conjunto de disciplinas diversas sem unidade interior.

6. Os anos no Seminário devem ser também um tempo de maturação humana. Para o sacerdote, que terá de acompanhar os outros ao longo do caminho da vida e até às portas da morte, é importante que ele mesmo tenha posto em justo equilíbrio coração e intelecto, razão e sentimento, corpo e alma, e que seja humanamente «íntegro». Por isso, a tradição cristã sempre associou às «virtudes teologais» as «virtudes cardeais», derivadas da experiência humana e da filosofia, e também em geral a sã tradição ética da humanidade. Di-lo, de maneira muito clara, Paulo aos Filipenses: «Quanto ao resto, irmãos, tudo o que é verdadeiro, nobre e justo, tudo o que é puro, amável e de boa reputação, tudo o que é virtude e digno de louvor, isto deveis ter no pensamento» (4, 8). Faz parte deste contexto também a integração da sexualidade no conjunto da personalidade. A sexualidade é um dom do Criador, mas também uma função que tem a ver com o desenvolvimento do próprio ser humano. Quando não é integrada na pessoa, a sexualidade torna-se banal e ao mesmo tempo destrutiva. Vemos isto, hoje, em muitos exemplos da nossa sociedade. Recentemente, tivemos de constatar com grande mágoa que sacerdotes desfiguraram o seu ministério, abusando sexualmente de crianças e adolescentes. Em vez de levar as pessoas a uma humanidade madura e servir-lhes de exemplo, com os seus abusos provocaram devastações, pelas quais sentimos profunda pena e desgosto. Por causa de tudo isto, pode ter-se levantado em muitos, e talvez mesmo em vós próprios, esta questão: se é bom fazer-se sacerdote, se o caminho do celibato é sensato como vida humana. Mas o abuso, que há que reprovar profundamente, não pode desacreditar a missão sacerdotal, que permanece grande e pura. Graças a Deus, todos conhecemos sacerdotes convincentes, plasmados pela sua fé, que testemunham que, neste estado e precisamente na vida celibatária, é possível chegar a uma humanidade autêntica, pura e madura. Entretanto o sucedido deve tornar-nos mais vigilantes e solícitos, levando precisamente a interrogarmo-nos cuidadosamente a nós mesmos diante de Deus ao longo do caminho rumo ao sacerdócio, para compreender se este constitui a sua vontade para mim. É função dos padres confessores e dos vossos superiores acompanhar-vos e ajudar-vos neste percurso de discernimento. É um elemento essencial do vosso caminho praticar as virtudes humanas fundamentais, mantendo o olhar fixo em Deus que Se manifestou em Cristo, e deixar-se incessantemente purificar por Ele.

7. Hoje os princípios da vocação sacerdotal são mais variados e distintos do que nos anos passados. Muitas vezes a decisão para o sacerdócio desponta nas experiências de uma profissão secular já assumida. Frequentemente cresce nas comunidades, especialmente nos movimentos, que favorecem um encontro comunitário com Cristo e a sua Igreja, uma experiência espiritual e a alegria no serviço da fé. A decisão amadurece também em encontros muito pessoais com a grandeza e a miséria do ser humano. Deste modo os candidatos ao sacerdócio vivem muitas vezes em continentes espirituais completamente diversos; poderá ser difícil reconhecer os elementos comuns do futuro mandato e do seu itinerário espiritual. Por isso mesmo, o Seminário é importante como comunidade em caminho que está acima das várias formas de espiritualidade. Os movimentos são uma realidade magnífica; sabeis quanto os aprecio e amo como dom do Espírito Santo à Igreja. Mas devem ser avaliados segundo o modo como todos se abrem à realidade católica comum, à vida da única e comum Igreja de Cristo que permanece uma só em toda a sua variedade. O Seminário é o período em que aprendeis um com o outro e um do outro. Na convivência, por vezes talvez difícil, deveis aprender a generosidade e a tolerância não só suportando-vos mutuamente, mas também enriquecendo-vos um ao outro, de modo que cada um possa contribuir com os seus dotes peculiares para o conjunto, enquanto todos servem a mesma Igreja, o mesmo Senhor. Esta escola da tolerância, antes do aceitar-se e compreender-se na unidade do Corpo de Cristo, faz parte dos elementos importantes dos anos de Seminário.

Queridos seminaristas! Com estas linhas, quis mostrar-vos quanto penso em vós precisamente nestes tempos difíceis e quanto estou unido convosco na oração. Rezai também por mim, para que possa desempenhar bem o meu serviço, enquanto o Senhor quiser. Confio o vosso caminho de preparação para o sacerdócio à protecção materna de Maria Santíssima, cuja casa foi escola de bem e de graça. A todos vos abençoe Deus omnipotente Pai, Filho e Espírito Santo.
Vaticano, 18 de Outubro – Festa de São Lucas, Evangelista – do ano 2010.

Vosso no Senhor
BENEDICTUS PP XVI

Postado ás 23:47h pelo o Seminarista Adriézio lima

25 de out. de 2010
CLERO DIOCESE DE TIANGUÁ - CE


Postado pelo Seminarista Adriézio lima às 22:08h