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28 de out. de 2010

Uma Missão de esperança

 
O nosso mundo contemporâneo e também as nossas comunidades eclesiais sofrem tremendamente pela escassez de profetas. Mais do que nunca, a nossa época necessita de pessoas que não cessem de olhar para o céu, mas que tenham seus pés solidamente fincados no chão da história, para que iluminem, com o testemunho de sua vida, o caminho da humanidade.

Nesse sentido é bom lembrar que a missão profética não é uma dimensão entre muitas outras, mas, se assim podemos dizer, é a própria essência da missão também no contexto do mundo contemporâneo.

Com efeito, todo profeta encontra, em sua relação com Deus que o chamou, o fundamento de sua missão de anunciar, na história, a oferta da salvação de Deus. Por esse motivo, ele vive e exige uma relação com seus contemporâneos, a partir da prática da justiça e de uma atitude de total solidariedade. Dessa forma, toda a sua vida torna-se um testemunho vivo, uma ação contínua de esperança que aponta, na história, o caminho da conversão, da mudança e da transformação.

Algumas expressões de Is 43,1-7 revelam, antes de tudo, que o profeta tem consciência de que Deus, ao entregar-lhe uma missão a cumprir, comprometeu-se com ele (“Eu estou contigo”: 43,2.5). Em segundo lugar, mesmo que sinta a presença divina que o acompanha ao longo de sua atividade, o profeta sabe que Deus não o dispensa dos perigos (água/rios – fogo/chamas: 43,2), aliás, justamente por isso, ele adquire uma força tremenda para enfrentar todos os riscos que a missão comporta. Ele cumpre sua missão, única e exclusivamente, porque confia na promessa de Deus (43,4).

Propriedade preciosa de Deus, o profeta torna-se testemunha e portador do amor que o próprio Deus tem para com toda a humanidade! Ninguém fica admirado se essa dimensão profunda da missão profética encontra seu ponto culminante na formidável expressão do evangelho de João: Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo aquele que crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3,16). O texto de Isaías, logo em seguida, assinala o fato de que a humanidade está espalhada aos quatro ventos e que, portanto, precisa ser convocada, para que encontre de novo a sua unidade e a sua coesão. A imagem bíblica é realmente impressionante:

Deus revela a sua paternidade através da missão do profeta:

Não temas porque Eu estou contigo (...) faze voltar os meus filhos de longe e as minhas filhas das extremidades da terra! (43,5-6). Trata-se de um compromisso urgente que consiste em fazer com que a humanidade “se volte para Deus” e encontre nele seu ponto fundamental de referência. Ora, voltar-se para Deus, de acordo com a promessa divina, significa construir um futuro novo para que todos filhos e filhas vivam, finalmente, uma fraternidade plena em nome de Deus Pai (43,7).

A missão profética possui, portanto, uma finalidade universal: revelar que a esperança de uma vida fraterna para toda a humanidade está profundamente enraizada na promessa de Deus. Naturalmente, o profeta situado entre a promessa de Deus e a sua realização, desempenha corretamente a sua missão, mostrando a todos a possibilidade de construir um futuro novo, mas não pode absolutamente determinar o momento exato do seu cumprimento. A missão profética indica a irrupção da paternidade divina na história, com a finalidade de estabelecer uma autêntica fraternidade humana entre todas as nações.

Fundamentar a esperança, a partir da promessa de Deus Eu estou contigo, significa permanecer firmemente agarrados à história, exatamente lá onde a vida humana ferve com todos os seus problemas e preocupações, onde os filhos e filhas são convocados para viverem em harmonia. Lá também está a Presença permanente e fiel do Deus vivo.

Autor: Sergio Bradanini
www.pime.org.br
(Fonte – Catequese Católica WWW.catequisar.com.br)

Postado por Seminarista Adriézio lima às 21:17h

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