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23 de ago. de 2011
DIOCESE DE TIANGUÁ



CARTA PASTORAL


“VÓS SEREIS MINHAS TESTEMUNHAS”
(At 1, 8)


Dom Francisco Javier Hernández Arnedo, OAR

2011

CARTA PASTORAL


SAUDAÇÃO

            À Igreja de Deus que está em Tianguá com seus Padres, Religiosas, Consagrados e Cristãos Leigos, membros todos do Corpo Místico de Cristo, saudações de paz e alegria, no Senhor Jesus.
A Celebração dos 40 Anos da existência de nossa Igreja Particular de Tianguá (1971-2011) motiva esta breve Carta Pastoral, dirigida a todos os fiéis da Diocese. Ela quer ser portadora, primeiramente, de um convite dirigido a todo o Povo de Deus para que eleve um fervoroso hino de louvor e gratidão ao Senhor pela existência de nossa Diocese, constituída como Igreja Particular e chamada a encarnar-se na realidade do nosso povo, servindo como sinal do Reino, na comunhão da grande Igreja Católica.
Mas, é, também, nosso objetivo rever, a grandes traços, a rica trajetória eclesial vivida por todos nós, Pastores e fiéis, ao longo destes 40 anos. Isto sem deixar de projetar o nosso olhar para frente, renovando os compromissos com a missão evangelizadora que constantemente deve estar atenta aos novos apelos que nos chegam da realidade em que vivemos. 

EM SINAL DE GRATIDÃO

“Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu favor? Elevarei o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor” (Sl 115, 12-13).
Nossa Diocese se coloca, hoje, no altar do Senhor como oferenda de gratidão por ter sido considerada digna de ser uma Igreja Particular, “porção do Povo de Deus”, chamada a encarnar o Evangelho de Jesus na realidade humana e social do nosso povo.
Obrigado, Senhor, pela escolha que o papa Paulo VI e os Bispos do Regional Nordeste I se dignaram a fazer da Serra da Ibiapaba e do Litoral Norte do Ceará para sediar neste território a Diocese de Tianguá que, “por congregar o povo cristão desta região, conhece de perto a vida, cultura, os problemas de seus integrantes e é chamada a gerar aqui, com todas as suas forças, sob a ação do Espírito, a Nova Evangelização, a promoção humana, a inculturação da fé” (Documento Santo Domingo, 55).
Nós te damos graças, Senhor, pela escolha e ministério dos nossos Pastores, constituídos entre nós como “princípio e fundamento de unidade”, Dom Timóteo Francisco Nemésio Cordeiro, OFM Cap., e Dom Francisco Javier Hernández Arnedo, OAR, que dedicaram, cada um, 20 anos de suas vidas ao pastoreio desta humilde grei, trabalhando com perseverança os alicerces desta Igreja Particular  e a mantendo na unidade interna e na comunhão fraterna com as outras Igrejas irmãs “que formam a única católica Igreja de Cristo” (Lumen Gentium 23).
Louvemos, também, ao Senhor, pela perseverante dedicação de nossos padres que com grande zelo apostólico acompanham a vida espiritual e pastoral de nossos fiéis, não só oferecendo-lhes uma justa assistência espiritual, mas abrindo-lhes caminhos novos para sua ativa participação, na pastoral e na vida das comunidades.
Obrigado, Senhor, pela presença de tantos religiosos, religiosas e consagradas que colaboram generosamente com a nossa Diocese e que, com a vivência de seus carismas, nos ajudam a compreender melhor os diversos aspectos da missão de Cristo e da vida da Igreja. Reconhecemos aqui, sobretudo, a especial contribuição oferecida às nossas Comunidades pelas religiosas de inserção que atuam nas Áreas Missionárias.
Obrigado, Senhor, ainda, pelos nossos fiéis, cristãos leigos, gente humilde e fervorosa. Obrigado porque este “Povo de Deus”, marcado por um profundo espírito de fé e piedade na vida do dia a dia e sempre respeitoso e colaborador com seus Pastores, conseguiu assimilar muitos dos valores do Evangelho ao longo de 400 anos a ponto de poder apresentá-los, hoje, em moldes culturalmente próprios, dando, assim, um rosto peculiar à nossa Igreja.

LEMBRANDO AS ORIGENS

Sabemos que a Diocese de Tianguá é uma Igreja jovem, como Instituição eclesiástica. Mas, temos consciência, também, de que suas raízes cristãs mergulham profundamente na história. Para encontrá-las é preciso reportar-se aos idos de 1607, quando se inicia sua trajetória religiosa. Nesta data, a Serra da Ibiapaba foi palco da primeira manifestação de fé cristã católica, quando passaram por seus territórios os primeiros missionários jesuítas. Lamentavelmente, esta primeira missão não chegou a produzir frutos, devido à morte violenta do Pe. Francisco Pinto e à conseguinte fuga do Pe. Luis Figueira, seu companheiro. Só 50 anos depois a Companhia de Jesus fará uma nova investida na Serra da Ibiapaba, trazendo um projeto missionário mais consistente.
Do processo de aldeamento aplicado na região pelos padres jesuítas e através da sua atividade catequética, irão surgindo, na Serra da Ibiapaba e do Sertão litorâneo, comunidades cristãs maduras que, posteriormente, oferecerão as bases para algumas das mais antigas paróquias do Ceará: Viçosa (1759), Granja (1757), São Benedito (1864), Ibiapina (1882), Camocim (1883).
Ao celebrar, então, a efeméride dos 40 anos da criação da Diocese, não podemos esquecer, certamente, os 400 anos de experiência religiosa vivida pelo nosso povo, o que supõe um longo processo de assimilação dos valores evangélicos e uma experiência qualificada de inculturação da fé. É a partir dessa rica herança espiritual que admiramos a presença de tantas expressões culturais de clara matriz católica, nas tradições religiosas e sociais de nosso povo, verdadeiro substrato cristão que o identifica.

CRIAÇÃO DA DIOCESE

A Diocese de Tianguá foi criada pelo Papa Paulo VI, em 13 de março de 1971, por meio da Bula Qui Summopere, que também incluía a criação das Dioceses de Itapipoca e Quixadá. O autor do nosso projeto foi Dom Walfrido Teixeira Vieira, Bispo de Sobral, secundado pelos bispos do Regional Nordeste I da CNBB. A Diocese de Tianguá foi erigida, oficialmente, no dia 22 de agosto de 1971 por Dom Walfrido Teixeir Vieira, que deu posse, no mesmo dia, ao 1º Bispo diocesano, Dom Frei Timóteo Francisco Nemésio Cordeiro. O território da nova diocese foi desmembrado, na sua totalidade, do território da Diocese de Sobral e como sede própria, na condição de Catedral, foi designada a Igreja matriz de Sant’Ana, em Tianguá.

NO RUMO DO CONCÍLIO VATICANO II

            O extraordinário evento do Concílio

            Em agosto de 1971, inicia-se a caminhada da Diocese de Tianguá sob o pastoreio de Dom Timóteo que, como primeira providência, tentará conhecer bem a realidade, refletindo-a à luz da palavra de Deus e do Magistério da Igreja para poder agir com eficiência na obra evangelizadora que a Diocese terá que assumir.
Nossa Igreja Particular nasceu à sombra do Concílio Vaticano II e no momento em que a América Latina, concluída a III Conferência em Medellín (1968), ensaiava os primeiros passos na aplicação da desejada renovação conciliar.
É bom relembrar um pouco estes memoráveis acontecimentos que, certamente, influenciaram as primeiras experiências pastorais da jovem Igreja. O Concílio Vaticano II, por exemplo, foi concluído em dezembro de 1965 e o tema que centralizou as maiores atenções foi sobre a Igreja, desejando-se conhecer a sua identidade e a missão que deveria assumir no contexto da sociedade contemporânea. Na Constituição Lumen Gentium, a assembléia conciliar se perguntou pela natureza da Igreja e a definiu como “Mistério de Comunhão”, encontrando na própria comunhão trinitária o parâmetro mais importante de sua auto-compreensão. Pela constituição Gaudium et Spes, o Concílio respondia à pergunta sobre a Missão da Igreja, colocando-a defronte à humanidade, à qual se deve devotar como mediadora que é do amor e da salvação de Deus. Superando a tradicional imagem da Igreja como “sociedade perfeita”, segura de si e auto-suficiente nas suas estruturas, fins e meios, o Concílio opta por apresentar a Igreja na condição de servidora, plantada no meio desta humanidade para ser instrumento de diálogo e força de solidariedade.

A Igreja de rosto latino-americano

Na IIIª Conferência do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), em Medellín (1968), a reflexão conciliar sobre a Igreja ganha expressões mais definidas e concretas, ao contemplá-la à luz da imagem de “Povo de Deus”. Suas determinações influenciaram vivamente as igrejas do continente que passaram a compreender com maior realismo a natureza da Igreja e sua missão salvadora a favor de um ser humano marcado por extremas condições de pobreza e formas gritantes de exclusão. O Povo de Deus “congregado na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (LG 4)  é, também, um povo peregrino que vive da esperança, mas que está marcado, também, pelo sofrimento, quando não por degradantes condições de atraso e opressão. Esta Igreja, que tem consciência da fundamental dignidade e igualdade de todos os filhos e filhas de Deus, decide fazer sua “Opção Preferencial” pelos pobres, reclamando o devido reconhecimento do valor e da capacidade que os assiste de serem protagonistas de sua própria história.
No Brasil, o Episcopado, que se tinha aberto ao planejamento pastoral por recomendação do papa João XXIII (Plano de Emergência, 1962), acabava de experimentar seu primeiro Plano de Conjunto (1866-1970), aplicando a renovação conciliar à vida das Igrejas Particulares do país e estruturando os variados campos de seu apostolado nas famosas seis linhas ou dimensões que balizaram durante décadas a ação pastoral da CNBB.

Ministério Episcopal de Dom Timóteo

Neste ambiente de renovação de conceitos e compromissos nasce a Diocese de Tianguá.  E já nas primeiras Assembléias presididas por Dom Timóteo se deixa sentir a força dos grandes acontecimentos que movimentavam, na época, a vida da Igreja: o Concílio Vaticano II; as Conferências de Medellín e Puebla; os Planos de Conjunto da CNBB (Diretrizes); os Sínodos dos Bispos sobre Evangelização e Catequese; a Catequese Renovada do Episcopado brasileiro.  Todos eles, através dos seus documentos, tiveram benéfica influência na Diocese de Tianguá e isso é um dado muito positivo.
Das Assembléias Diocesanas vão saindo propostas que se traduziram logo mais  em compromissos fortes para a vida pastoral, como por exemplo:

1.      A decisão de construir uma Igreja comunitária, fraterna e comprometida com a causa do Evangelho e do povo;
2.      O apoio irrestrito dado às Comunidades Eclesiais de Base, como centros de comunhão, evangelização, organização popular e solidariedade;
3.      A Promoção Humana como parte integrante do compromisso evangelizador da Igreja (Evangelii Nuntiandi,31);
4.      A confiança depositada nas lideranças leigas e o esforço por multiplicar os Agentes de Pastoral;
5.      A preocupação pela prática da justiça e da caridade que dignifiquem as pessoas e comuniquem eficácia ao amor preferencial pelos pobres.

Outras preocupações foram aparecendo ao longo das 10 Assembléias diocesanas acontecidas nestes primeiros 20 Anos de Diocese. Algumas, visando atender ao crescimento interno da Igreja, dedicam atenção: à Catequese, Liturgia, Pastoral sacramental, Ecumenismo, Família e Juventude. Outras, de fundo mais estrutural, se preocupam com a organização da Diocese: a articulação das regiões pastorais; a implantação das CEBs.; a criação de Conselhos comunitários. Outras, enfim, envidam esforços para a Diocese marcar presença na transformação da sociedade: pastoral da terra; sindicalização dos trabalhadores e educação política (sem caráter partidário).
 Todas estas nobres iniciativas devem ser contempladas por uma Igreja que não se fecha sobre si mesma, mas que sai a campo para evangelizar situações concretas que merecem passar pelo crivo da libertação anunciada e praticada por Jesus. É o compromisso social da fé que deve integrar todo e qualquer plano de Evangelização, como o confirmam estas fortes palavras do Papa Paulo VI, na Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi: “Entre evangelização e promoção humana, desenvolvimento e libertação, existem de fato laços profundos: laços de ordem antropológica, dado que o homem que há de ser evangelizado não é um ser abstrato, mas é sim um ser condicionado pelo conjunto de problemas sociais e econômicos; laços de ordem teológica, porque não se pode dissociar o plano da criação do plano da redenção...situações de injustiça devem ser combatidas...” (EN, 31).
Faço votos de que esta prática aconteça, também, na atual vida pastoral da Diocese, nas paróquias e nas comunidades de base, o que não acontece, de fato. Lembremos que a “caridade”, como o Amor que vem de Deus, “tem duas faces inseparáveis: faz brotar e crescer a comunhão fraterna entre os que acolheram a Palavra do Evangelho (koinonia, partilha de bens) e leva ao serviço dos pobres, ao cuidado com os sofredores, ao socorro de todos os que precisam, sem discriminação” (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora - DGAE, 2003-2006, 38).
Apesar da carência de clero, de lideranças leigas, e tendo uma articulação pastoral um tanto deficiente, não se pode negar que, desde a primeira hora, esta jovem igreja envidou esforços para se sintonizar com as preocupações da Igreja universal e com as aspirações das Igrejas da América Latina. Seus agentes de pastoral, caminhando com sensibilidade e coragem,  lado a lado com o seu Pastor, tentaram ser fiéis ao projeto de Jesus e às diretrizes da Igreja do Brasil e da América Latina. Foi assim que eles contribuíram para desenhar a identidade própria que a nossa Diocese apresenta hoje.
Lembremos, carinhosamente, de Dom Timóteo por seu amor à Igreja de Tianguá e por sua generosa dedicação aos pobres. Com estes nunca teve problemas de relacionamento. Sim parece ter tido dificuldades com os poderosos do seu tempo. Seu pastoreio foi proveitoso, até o ponto de ter-nos oferecido ótimas propostas que não devem ser esquecidas e sim imitadas, quando estamos ameaçados de aceitar a acomodação sutil de quem substitui uma evangelização libertadora por um ativismo pastoral um tanto narcisista.

MOMENTO DE TRANSIÇÃO

Com a inesperada morte de Dom Timóteo, o Colégio dos Consultores toma, rapidamente, a iniciativa de escolher um Administrador Apostólico, como era de direito, na pessoa de Mons. Tibúrcio Gonçalves de Paula. Será ele que com prudência conduzirá os rumos da Diocese até a chegada do novo Bispo diocesano.
No dia 06 de março de 1991, o Papa João Paulo II nomeava Dom Francisco Javier Hernández Arnedo, OAR, como o segundo bispo residencial da Diocese de Tianguá. Ordenado, no dia 19 de maio de 1991, Festa de Pentecostes, na catedral de Manaus, por Dom Aloisio cardeal Lorscheider, tomando posse em Tianguá, no dia 24 de junho do mesmo ano.
AVANÇANDO NO CAMINHO

            Construir uma Igreja Particular, viva, dinâmica, encarnada numa realidade concreta, é sempre uma aventura apaixonante, mesmo que, tantas vezes, seja uma tarefa sofrida e desgastante. Na verdade, não é fácil plasmar uma Igreja “mistério de comunhão” em belas formas, quando os moldes comunitários são frágeis e limitados. Como também é difícil sustentar, na prática, as sérias conseqüências que se derivam do conceito de Igreja-Povo de Deus, na hora de construir uma comunidade eclesial participativa e ministerial. Mas, se os pastores forem fortes, as mudanças acontecem.

            Ministério Episcopal de Dom Francisco Javier

            No início dos anos 90, a Diocese começa a viver uma nova etapa. Acontecimentos novos vão marcar o caminhar da Igreja universal, latino-americana e do próprio Brasil. O de maior projeção foi a realização da IVª Conferência do Episcopado latino-americano, em Santo Domingo (1992), com o tema central sobre a Nova Evangelização,  que o santo Padre tinha lançado em Haiti (1983), por ocasião de um encontro do CELAM.
Outros documentos do Magistério eclesiástico darão suporte a este novo apelo evangelizador. No âmbito da Igreja universal lembramos o Catecismo da Igreja Católica (1992) e o Diretório Geral para a Catequese (1997). No âmbito das Américas, o Sínodo das Américas (1997) e a Vª Conferência do Episcopado latino-americano, em Aparecida (2007). No âmbito nacional, o documento do Episcopado brasileiro “Missão e Ministérios dos cristãos leigos e leigas” (1999); a IIª Semana Brasileira de Catequese com o tema, “Com Adultos, Catequese Adulta” (2001); o Diretório Nacional de Catequese (2005); e a IIIª Semana Brasileira de Catequese, com o tema, “Iniciação à vida cristã” (2009). Todos eles alimentaram a reflexão, concretizando conteúdos, metodologias e responsabilidades que favorecem um renovado impulso à Nova Evangelização.

A Nova Evangelização

Na Conferência de Santo Domingo, e por ocasião da celebração dos 500 Anos de presença da Igreja na América latina, é que o apelo do papa ganha expressão na região. Ele alerta que falar de “nova” evangelização não significa que seja preciso refazer a primeira ou mudar seus conteúdos. O Evangelho não mudou. Na verdade, o que se deseja é imprimir um novo impulso ao anúncio de Jesus Cristo “com total fidelidade e pureza” à Tradição perene da Igreja (Discurso inaugural, 7).
Reconhecemos que há ricos e abundantes valores deixados pela primeira evangelização no continente americano (500 anos). Mas, há, também, sérias deficiências, como por exemplo, o patente “divórcio entre fé e vida” (Documento de Santo Domingo - DSD 24). A fé da maioria não tem mais incidência sobre as decisões morais que se devem tomar na vida, à luz do Evangelho e da prática de Jesus, o que “produz clamorosas situações de injustiças, desigualdade social e violência” (ib.). É preciso retomar com novo impulso uma evangelização que suscite uma verdadeira e firme “adesão pessoal a Jesus Cristo e a sua Igreja em tantos homens e mulheres batizados que vivem sem energia o seu cristianismo” (DSD 26). A experiência nos faz confessar que são milhões os batizados, mas poucos os verdadeiramente evangelizados. Como fazer para que fiéis afastados acolham, de novo, a pessoa e a mensagem de Jesus Cristo para reencontrar o amor misericordioso do Pai e dar um novo sentido a sua vida? A sensação que vivemos, até hoje, é a de que estamos girando em falso. A prática pastoral tradicional parece estar funcionando sem engrenagens. Sentimo-nos presos a uma pastoral de mera manutenção, sem pique nem criatividade, sem rumo, nem produção efetiva. Só rotina. “Nossa maior ameaça é o medíocre pragmatismo da vida cotidiana da Igreja, no qual, aparentemente, tudo procede com normalidade, mas na verdade a fé vai se desgastando e degenerando em mesquinhez” (J. Ratzinger).

Tempo de Mudanças

O documento de Santo Domingo cuida de nos oferecer algumas referências básicas que dinamizem o empenho pastoral nas Igrejas. Falando da nova evangelização nos diz assim: “Esta Evangelização terá força renovadora na fidelidade à Palavra de Deus, seu lugar de acolhida na comunidade eclesial, seu alento criador no Espírito Santo, que cria a unidade e, na diversidade, alimenta a riqueza carismática e ministerial, e se projeta ao mundo mediante o compromisso missionário” (DSD 27). Ela será ‘nova’ em seu ardor, em seus métodos e em suas expressões.
Atrevo-me a dizer, com simplicidade, que foi nesta fonte aonde fomos beber todos, bispo, clero, religiosas e leigos, mais  ou menos convictos de que era preciso abrir novos caminhos no campo da educação da fé, no dinamismo das comunidades, na abertura aos serviços ministeriais e no compromisso missionário. Estamos nos referindo aos inícios dos anos 90. Lembrar algumas das propostas encaminhadas na época nos ajudará a tomar consciência do caminho andado assim como a renovar compromissos que continuam válidos até hoje. Permito-me recordar alguns capítulos trabalhados nos últimos 20 anos, solicitando dos padres, religiosas e leigos a devida continuidade.
           
            Trabalhamos por evangelizar

1. Na fidelidade à Palavra de Deus, recuperando um projeto da formação catequética “que leve a fé inicial à sua maturidade e eduque o verdadeiro discípulo de Jesus Cristo” (DSD 33). O documento de Santo Domingo pedia: investir na catequese querigmática e missionária, com sólido conhecimento da Bíblia e ofertando itinerários de educação da fé para todas as idades (DSD 49). E a Diocese de Tianguá tomou, estes anos, na linha da formação inicial e permanente, as seguintes iniciativas: 

1.      Escolas Paroquiais de Catequese.
2.      Escola Diocesana de Catequese.
3.      Escola Diaconal.
4.      Instituto de Ciências Religiosas.
5.      Escolas da Fé, nas paróquias.
6.      Formação Missionária.
7.      Envio de Leigos a cursos de pós-graduação em Pedagogia Catequética (Goiás).

2. Construindo uma Igreja de comunhão, com “comunidades vivas e dinâmicas” que sirvam à missão (DSD 54 ss.). A Igreja Particular, como comunhão orgânica com diversidade de carismas e ministérios. A Paróquia, constituída em “rede de comunidades”, com estrutura setorial e capacitando agentes de pastoral. As Comunidades de Base, com reconhecida validade (EN 58) de serem “privilegiados centros de evangelização”, ”preparando animadores leigos que as acompanhem” (DSD 63). A Diocese de Tianguá tomou a sério estas recomendações e cuidou de abrir novos caminhos, tomando a decisão (Assembléia de 1994) de iniciar um processo descentralizador na organização pastoral. Confirmo que estamos nesse processo:
1.      Divisão da Diocese em Regiões Pastorais (3).
2.      Divisão das Paróquias em Setores (110).
3.      Organização da Diocese em “Rede de Comunidades”: 15 Paróquias e 630 Comunidades de Base.
4.      Criação de 10 Áreas Missionárias, 7 delas entregues a Religiosas.
5.      Implantação dos Conselhos comunitários de Pastoral, nas paróquias e CEBs., como melhor instrumento de comunhão e participação.

3. Uma Igreja, toda ela Ministerial, que assume em co-responsabilidade a tarefa da evangelização. “Existimos e servimos a uma Igreja rica em ministérios” (DSD 65 ss.). Servir é a postura normal que caracteriza ao cristão, como foi a postura de Jesus (Mt 20,28). Todo cristão deve encontrar sua condição ministerial, porquanto “cada um recebe o dom do Espírito para o bem comum” (1Cor 12, 7). O documento de Santo Domingo recomenda cuidar do ministério dos presbíteros e pede que eles se aproximem do povo como solícitos pastores (DSD 74). Dá importância aos Diáconos Permanentes, dizendo que “eles valem pelo que são e não pelo que fazem” (DSD 77). E sobre os Ministérios não ordenados (DSD 101) solicita abrir uma ampla participação aos leigos para responder às necessidades de muitas comunidades. E a nossa Igreja de Tianguá respondeu com generosidade a este apelo e continuaremos a colocar o maior empenho por desenvolver esta dimensão ministerial da nossa Igreja:

A) Nos Ministérios ordenados:
1. Presbíteros ( 23 ordenações)
2. Diáconos Permanentes (Em processo, 14 candidatos).

B) Nos Ministérios não-ordenados: contemplamos na vida da Igreja local:
3. Ministério da Palavra para o Culto Dominical.
4. Ministério da Comunhão Eucarística e da Esperança.
5. Ministério da Coordenação Pastoral (áreas mission. e Setores)
6. Ministério do Batismo.
7. Ministério da Catequese para a Iniciação cristã (previsto).
8. Ministério do Anúncio Missionário (p/ a missão permanente).

4. Uma Igreja Missionária, disposta a anunciar o Reino de Deus a todos os povos (DSD 121 ss.). O documento convida as Igrejas Particulares a que introduzam a animação missionária em seus planos de pastoral e assumam com valentia o envio de missionários sacerdotes e leigos além fronteira (DSD 128). E a Igreja de Tianguá respondeu com alegria, encaminhando a:

1.      Formação do Conselho Missionário Diocesano - COMIDI.
2.      Formação dos Conselho Missionário Paroquial - COMIPAS em função do Projeto da ‘Missão Permanente’, inicialmente aplicado entre 2009 a 2011.
3.      Formação programada de Missionários para a Missão Permanente.
4.      Ministério do Anúncio Missionário (Previsto).
5.      Presença de 7 comunidades religiosas femininas nas Áreas Missionárias.

5. Uma Igreja que valorize a identidade e missão dos leigos. Valorizar o leigo como verdadeiro protagonista da vida e da missão da Igreja. Eis um ponto fundamental na atual estratégia pastoral da Igreja, hoje.  No conceito de Igreja “Povo de Deus”, encontramos o despertar da consciência laical ao ser reconhecida sua dignidade fundamental de filho de Deus e membro nato da Igreja, pelo batismo, e do valor da sua co-responsabilidade na missão, pela crisma. Esta teologia está presente em todos os documentos da Igreja e desejamos que esteja, também, bem gravada na mentalidade de nossos pastores. Na nossa Diocese, testemunhamos que os leigos cresceram muito entre nós, tanto na formação, como pela participação responsável nos trabalhos pastorais e nos organismos de comunhão. Nossos leigos estão pressentes:

1.      Nos Conselhos Diocesano e Paroquiais de Pastoral.
2.      No Conselho Administrativo Diocesano.
3.      Nas Coordenações pastorais.
4.      Nos Movimentos laicais.
5.      Nos Ministérios não ordenados.
6.      Articulados no Conselho de Leigos

Temos consciência que os esforços por construir uma Igreja comunitária, ministerial e missionária deixam-nos em franca sintonia com o modelo de igreja que o Concilio nos legou e que os documentos de Medellin, Puebla e Santo Domingo perfilaram com as peculiares características latino-americanas.. E isto nos deixa satisfeitos e até orgulhosos.
Percebemos, assim, que, por detrás dos atuais documentos programáticos da Igreja, reaparecem sempre as conhecidas intuições iluminadoras do Vaticano II, quando se referia à Igreja como Mistério de Comunhão, Povo de Deus e Sacramento de Salvação. É a Igreja que desejamos compreender em profundidade e construír com afinco na vida pastoral da nossa Diocese. O caminho iniciado não pode parar. Por isso, conclamo a todos, fiéis e pastores da nossa Igreja, a retomar com novo ardor e criatividade a nova etapa evangelizadora que nos corresponde assumir. 


NOVOS HORIZONTES, NOVOS COMPROMISSOS
           
            Ao celebrarmos as “Bodas de Rubi” da Diocese de Tianguá (expressão convencional) pensei que seria bom rever o caminhar destes 40 anos, não só para admirar o empenho apostólico dos que nos precederam e reconhecer o valor de suas conquistas, mas para confirmar nosso propósito de dar continuidade ao compromisso evangelizador da nossa Igreja Particular. 
Este  é o momento de olharmos para  o futuro. “O amor de Deus nos urge” (2 Cor 5,14). A vida e a missão da Igreja continuam a nos oferece constantes desafios que exigem coragem, perseverança e criatividade da nossa parte. Olhando, precisamente, para o futuro, reconhecemos os apelos que a realidade atual, da Igreja e do mundo, nos trazem. Para todos os efeitos, iniciamos uma nova etapa histórica na Diocese. E, desta vez, o acontecimento Eclesial que irá nos iluminar é a Vª Conferência do Episcopado latino-americano, com o documento de Aparecida. A reflexão sobre a nova evangelização continuará em aberto, acenando para novos aspectos da vida da Igreja que se consideram necessários.

Caminharemos à Luz de Aparecida

A estrutura do documento de Aparecida é semelhante aos outros já construídos na América latina. Partindo de uma atitude de alegria e ação de graças a Deus pela condição de sermos discípulos e missionários, comprometidos com a evangelização, o documento passa a analisar a realidade em que o Povo de Deus está mergulhado e que o desafia. Seu olhar se volta, logo, para o Senhor Jesus, Evangelho do Pai, Mestre e anunciador dos valores do Reino, Redentor e Salvador, que conosco se encontra e nos convida ao seu seguimento. Constituídos como discípulos dele, trabalhamos a imitação de sua vida, em santidade e justiça, gerando um profundo vínculo de comunhão com Ele e uma solidariedade com a sua missão. Vida de comunhão que tem suas raízes na Trindade e  “sustenta a comunhão dos fiéis e das Igrejas locais do Povo de Deus” (DA 155).
A comunhão com Deus se expande em variadas formas comunitárias, na vida da Igreja, todas elas importantes para realizar a vocação cristã (DA 164). O discípulo sempre pertencerá a uma comunidade. É nela que vive sua fé, exerce seu ministério e cultiva sua disponibilidade missionária. A Igreja Particular é apresentada como comunidade orgânica, ministerial e unida no mesmo projeto missionário para responder adequadamente aos grandes problemas em que está inserida (DA 167-169).
Da Paróquia, comunidade de comunidades, se espera um forte processo renovador, conversão pastoral e mudança de estruturas. As Paróquias devem ser de verdade “espaços de iniciação cristã, de educação e celebração da fé, abertas à variedade de carismas, serviços e ministérios, organizados de modo comunitário e responsável, integradoras dos movimentos de apostolado já existentes, atentas à diversidade cultural de seus habitantes, abertas aos projetos pastorais e supra-paroquiais e às realidades circundantes” (EA 41). Todo um programa que não nos é desconhecido e que estamos dispostos a programar, intensamente, em nossa Diocese.
Sobre as Comunidades Eclesiais de Base, reconhece que “tem a palavra de Deus como fonte de sua espiritualidade e a orientação de seus pastores como guia que assegura a comunhão eclesial. Demonstram seu compromisso evangelizador e missionário entre os mais simples e afastados e são expressão visível da opção preferencial pelos pobres. São fonte e semente de variados serviços e ministérios a favor da vida, na sociedade e na Igreja” (DA 179). É fundamental a sua vitalidade para a Igreja. Por isso, as apoiamos.

Investimento prioritário na Formação da fé

Talvez, a parte mais contundente do documento é a dedicada à formação do discípulo missionário. Volta a aparecer a insubstituível exigência do encontro pessoal com Jesus Cristo para que surja a verdadeira identidade cristã, alicerçada numa forte e decidida opção fundamental pelo Senhor. Este processo de formação terá que passar pela Iniciação cristã e continuar, num processo de conversão constante, pela catequese permanente (DA 134ss). Eis um campo de trabalho verdadeiramente exigente, desafiador, para nossas comunidades paroquiais e para o serviço ministerial de nossos sacerdotes. Ou o tomamos a sério, ou limitaremos nossa ação evangelizadora à aplicação de um verniz que desbota rápido ao contato com as intempéries da vida.
Outras muitas urgências surgem do documento de Aparecida para a ação pastoral. As atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora do Brasil nos recomendam algumas que já conhecemos (DGAE 2011-2015) e que devem centrar nosso estudo agora que preparamos a 21ª Assembléia diocesana de planejamento para os próximos 4 anos.
Convido a todos os sacerdotes, religiosos, leigos, famílias e movimentos, para continuarmos a dar nosso irrestrito apoio à Nova Evangelização. Esta, que nasceu como um convite do Papa João Paulo II a retomar com novo ardor a tarefa missionária, hoje expressa um exigente programa evangelizador perante os novos cenários surgidos na humanidade e que devem se transformar em lugares de testemunho e de anúncio do Evangelho (Lineamenta para o XIII Sínodo dos Bispos, 6). Ela supõe “o esforço de renovação que a Igreja é chamada a fazer para estar à altura dos desafios que o contexto social e cultural de hoje coloca à fé cristã, ao seu anúncio e ao seu testemunho, como conseqüência das profundas mudanças em curso” (Lineamenta, 5). A “Nova Evangelização” é sinônimo de renascimento espiritual da vida de fé das Igrejas locais, assunção de novas responsabilidades e novas energias em vista de uma proclamação alegre e contagiante do Evangelho de Jesus Cristo” (ib.).     
Fiquemos atentos às tarefas que nos esperam na Diocese de Tianguá. Para facilitar nosso estudo e reflexão iremos enumerar algumas delas, reunindo-as no esquema dos três Eixos ou Ministérios que movimentam o corpo da Igreja de Deus: Anúncio / Sacramento / Ação ou, de outro modo, Palavra / Comunhão / Caridade. A escolha de prioridades e projetos na Assembléia nos permitirá marcar um novo rumo para a Diocese. Oferecemos, a seguir, uma breve reflexão sobre cada eixo e as atividades que julgamos importantes para crescer mais e mais na Diocese “até a maturidade em Cristo” (Ef 4,13):

No Serviço da Palavra

O Concílio Vaticano II colocou em destaque o Ministério da Palavra. É na Palavra de Deus que a Teologia encontra sua firmeza e conteúdo; é da Palavra de Deus que a pregação pastoral, a catequese e toda forma de instrução cristã, especialmente a homilia, recebe alimento e vigor (Cfr DV 24).
            Dentro do processo da Nova Evangelização em que nos encontramos, o anúncio da Palavra adquire uma importância primordial, nas diversas formas em que se manifesta: Anúncio Missionário, Catequese, Homilia, Estudo teológico, Formação espiritual. Somos chamados a ser primeiro ouvintes assíduos da Palavra para depois sermos anunciadores da mesma.
            Na nova etapa que se inicia na Diocese, estimo que será importantíssimo o cuidado que devemos dar à Palavra de Deus. De fato, das cinco “urgências” a serem atendidas pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (2011-2015) três têm a ver com o ministério da Palavra: a Missão Permanente, a Iniciação cristã e a Animação bíblica. Vejamos, então, algumas tarefas que nos esperam:

1.      Missão Permanente
- Dar continuidade ao projeto da “Missão Permanente”
- implantar o Ministério do ANÚNCIO MISSIONÁRIO
- Iniciar nossa colaboração com a Missão além fronteiras na Amazônia

2.       Animação Bíblica de toda a Pastoral
- Presença privilegiada da Palavra nas atividades formativas da Diocese, nas Escolas de Catequese e na Escola Diaconal.
- A prática da Leitura Orante na vida pessoal dos fiéis e na Pastoral.
- Os Círculos Bíblicos, como aproximação comunitária à Palavra de Deus.

3.       Iniciação Cristã
- Conscientizar as paróquias sobre a importância da Iniciação cristã.
- Ofertar catequese sistemática aos adultos, estruturada a estilo catecumenal.
- Configurar os temas da Escola Diocesana de Catequese, visando a Iniciação
- Formação Catequética obrigatória para os Seminaristas da Diocese
- Investir em cursos de pós-graduação em Pedagogia, a favor dos leigos.
- Implantar o Ministério da catequese na linha da Iniciação Cristã.

No Serviço Litúrgico

“A Liturgia é o cimo para o qual se dirige a ação da Igreja, e, ao mesmo tempo, a fonte donde emana toda a sua força” (SC 10). “Cristo não só enviou os apóstolos a pregar o evangelho a toda criatura e a anunciar que o Filho de Deus, com sua morte e ressurreição, nos livrou do poder de satanás, mas também a realizar a obra da salvação que proclamavam mediante o sacrifício e os sacramentos, sobre os quais gira toda a vida litúrgica (SC 6).
O anúncio da palavra e a celebração sacramental se ordenam mutuamente. Convém conscientizar a comunidade cristã que, pelo batismo, todos os cristãos têm direito e a obrigação de participar, de forma plena, consciente e ativa das celebrações litúrgicas. É a assembléia cristã, reunida em volta do altar, que celebra os santos mistérios, sob a presidência do ministro ordenado ou do ministro leigo. Valorizar a celebração litúrgica dominical como o momento mais visível da comunidade eclesial é  tarefa de todos nós. Eis alguns passos que julgo importantes para desenvolver a vida litúrgica de nossas comunidades:

- Formação litúrgica para equipes paroquiais
- Cursos de Música Litúrgica e canto pastoral.
- Formação permanente para Ministros da Comunhão Eucarística.
- Formação permanente para Ministros da Palavra.
- Capacitação de Leitores e Comentaristas.
- Transmissão de programas litúrgicos pela Rádio.

No Serviço Da Caridade

“Na edificação do corpo de Cristo há diversidade de membros e funções. Único é o Espírito que, para bem da Igreja distribui os seus vários dons conforme as suas riquezas e a necessidade de cada ministério... É o próprio Espírito que com a sua virtude e a coesão interna dos membros, produz e estimula a caridade entre os fiéis. Por isso, se algum membro sofre, sofrem com ele os demais..” (LG 7).
            Na Igreja, a caridade, como amor gratuito e universal, é uma virtude imprescindível e centro da vida cristã. O amor derramado em nossos corações pela ação do Espírito Santo deve nos movimentar a ajudar os irmãos em todas as suas necessidades. Quando organizada na comunidade, a caridade se converte em Pastoral Social e ela deve estar presente em toda programação pastoral, da Diocese, das paróquias e das pequenas comunidades. O serviço aos pobres medirá o fervor da Igreja.
            Na Diocese, temos pela frente a urgente necessidade de acelerar o compromisso das comunidades no exercício da caridade concreta e eficaz em favor das necessidades reais dos fiéis mais pobres e excluídos. Em concreto, precisamos cuidar de implantar:

- Serviços paroquiais da caridade
- Pastorais Sociais nas Paróquias
- Equipe de Promoção Humana nas CEBs.
- Pastorais sociais específicas que atendam as necessidades concretas.
- Implantar um Ministério no exercício da Caridade Cristã.
                       
NOSSA EFEMÉRIDE
                         
            Chegamos ao final de nossa reflexão. Celebrar os 40 Anos da Diocese, então,  nos permitiu relembrar a vida e empenho apostólico dos nossos Agentes de Pastoral, neste longo período de tempo. Admiramos sua sintonia com a Igreja e sua fidelidade aos sinais dos tempos. Tudo é riqueza acumulada que nos alegra e nos anima a avançar para metas mais altas e generosas no serviço do Reino que desejamos construir. Agora, corresponde a nós “sermos as testemunhas” do Senhor Jesus, empenhando-nos, com alegria, coragem e criatividade na obra da Nova Evangelização. Que o Pai de toda misericórdia, o Filho nosso mestre e Senhor e o Espírito consolador vos abençoe e nos acompanhe na Missão.


Tianguá, 06 de agosto de 2011
Festa da Transfiguração do Senhor


+ Francisco Javier Hernández Arnedo, OAR
 Bispo de Tianguá. 

Postado por Seminarista Adriézio lima às 00:42hs